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terça-feira, 24 de outubro de 2017

"Que pregues a Palavra, instes a Tempo e fora de Tempo."



         Trabalhei em uma empresa de Radiocomunicação que comandava várias estações de rádio em diversos estados e cidades dos EUA. Eu trabalhava em duas Rádios, no setor de Marketing, gerente de vendas e responsável pelo recolhimento dos pagamentos dos programadores das mesmas e, também, apresentadora de um programa evangélico em dois horários semanais, relações pública etc, e mesmo exercendo tantas atividades, não me omitia do dever de testemunhar do amor de Deus e da salvação redentora de Cristo aos locutores que apresentavam seus programas seculares. Eu tinha um bom relacionamento com todos.    
       Se quisermos abrir a boca para falar do amor de Deus é necessário demonstrar esse amor com a nossa própria vida através de atitudes e ações em favor dos que podem perguntar-nos a razão de nossa esperança. O mundo está “de olho em nós”.
         Certa ocasião, estava conversando com dois líderes de igrejas de língua portuguesa, que também faziam programas evangélicos naquelas emissoras. Pois bem, enquanto conversávamos, o nosso diretor executivo entrou na sala em que estávamos. Ele era de descendência judaica e como a maioria, não acreditava ser Jesus, o Messias esperado dos judeus. Manchetes de Jornais, religiosos e historiadores falavam da discórdia entre Israel e palestinos, da construção do novo templo, da vinda do Messias e como o assunto estava em evidência, comecei a falar com ele sobre Jesus, o prometido de Deus ao seu povo, que veio anunciando: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus”.  (Marcos 1:15b).      Assim que ele entrou, eu disse: Que bom que o senhor apareceu aqui! Seja bem-vindo! E me dirigi aos pastores: vou aproveitar a presença de vocês, porque acho que o inglês de vocês é bem melhor do que o meu e posso precisar de alguma ajuda para o assunto que vou abordar com o nosso diretor. Estávamos todos falando em inglês, mas, quando eu solicitei a ajuda de ambos, indelicadamente, eles deixaram o idioma local e começaram a me censurar em português dizendo que não era o momento certo para falar de tal assunto com um judeu e que eu até poderia ofendê-lo. Imediatamente, se despediram, dizendo estar atrasados para seus compromissos eclesiásticos e familiares. Então, o diretor vendo meu constrangimento diante da reação dos colegas pastores, disse-me: Não se preocupe o seu inglês é bom e eu a entendo muito bem. Pode falar. Então, eu lhe disse que estava orando para que o Espirito Santo de Deus lhe esclarecesse a verdade e que seus olhos espirituais fossem abertos para  enxergar que, o Cristo do qual a Bíblia se refere, e que foi e continua sendo rejeitado pelos judeus, o Jesus que foi morto em uma cruz, é o Messias prometido que veio para libertar Israel, não da opressão política de sua época, mas da opressão do pecado, pois ele veio para a libertação e salvação, não somente da Nação de Israel, mas, de todas as nações do mundo. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". (João 3:16). E, que o messias que os judeus ainda esperam, está inserido no lamento de Jesus quando disse:” Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis". (João 5:43). O messias que os judeus estão esperando virá em seu próprio nome e enganará a muitos e se sentará no lugar de Deus e vai querer ser adorado como Deus, mas, ele não é o Messias, Filho de Deus e sim o anticristo, o falso profeta, a antiga serpente, enganador, o qual enganará aos que rejeitaram o verdadeiro Messias e enganaria, “se possível até os escolhidos”. E, ele me disse: obrigado pela sua atenção e carinho em se preocupar assim por mim, continue orando, pois, vou examinar sobre esse assunto e se o Espírito Santo me falar, eu vou estar atento a sua voz. Confesso que fiquei surpresa com a reação dele; e, as suas sábias expressões, me comoveram. Achei que aquele judeu fosse se comportar como a maioria dos descendentes de Israel que não aceitam que os cristãos ousem falar-lhes de Jesus. 
          Mas, hoje, quando me lembro desse fato, da reação daquele respeitável bem sucedido homem de Israel, me certifico da importância da oração em favor daqueles que desejamos evangelizar. Sinto-me envergonhada da atitude daqueles pastores que, covardemente, não quiseram participar do meu interesse de falar de Jesus ao chefe daquela empresa, dizendo que não era ocasião para o fazer. Que tipo de constrangimento os impedia, eu não sei. O que sei foi que aprendi com os conselhos do Apóstolo Paulo em sua carta a 2Timóteo 4:2, dizendo que ele deveria pregar a palavra a tempo e fora de tempo. “Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina”. Aprendi que não podemos perder as oportunidades que o Senhor nos dá, deixando de falar do amor e compaixão de Deus por nós, pecadores.
        E, por falar em oportunidades perdidas, o Espírito Santo tem me falado, para discorrer sobre um tema que está me incomodando e que tem despertado a sociedade ao repúdio e revolta. E muitas vozes de líderes religiosos, católicos e evangélicos têm se levantado para expor seu protesto e indignação contra as atrocidades que estão sendo expostas em nome da arte e da cultura, as quais ferem os princípios morais, tradicionais e religiosos do povo brasileiro. O Brasil tem, sim, que se opor a esse lixo que, em nome da cultura, vem sendo despejados na sociedade brasileira. E, nós, chamados pelo Senhor Jesus como seus atalaias, precisamos abrir a nossa boca para que o Espírito Santo de Deus fale através de nós, combatendo contra as astúcias satânicas que vem com muita fúria, arquitetando seu nefasto plano para destruir a religião, a família, aos pais na criação e educação de seus filhos. Mas, o que me deixou chocada, foi a atitude de alguns políticos em relação a defesa dos símbolos religiosos... Aquele que teme o Senhor, obedece ao seu chamado, tem compromisso com a Palavra e não teme uma multidão enfurecida, jamais vai se acovardar de dizer a verdade, jamais vai defender o indefensável, jamais vai negociar sua honra por interesses próprios, sejam eles de que nível forem. “Porque também Cristo não agradou a si mesmo”, (Romanos 15:3). Mas, este tema fica para uma próxima postagem. E, como o Apóstolo Paulo, eu me dirijo aos leitores de oração: “E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus;” (Romanos 15:30). Pois, as postagens que são publicadas neste "blogger" são regadas com lágrimas e orações. E o tema referido, o qual estou discorrendo, já me causou grandes lutas, pois, o assunto abordado meche com a “sinagoga de satanás”.
       “Guardas o que tens para que ninguém tire a tua coroa”.  

“O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos”. (Apocalipse 3:5).

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

NÃO TENHO NADA COM SUA VIDA, IRMÃO.




         Numa manhã de domingo, o pastor da igreja assumiu o púlpito e começou a ministrar a palavra. Discorria sobre relacionamentos, e em certa altura da sua pregação, ele, disse: Irmão, eu não tenho nada com a sua vida.




        À primeira família instituída por Deus, foi-lhe ofertada o privilégio de crescer, multiplicar, encher a terra e exercer o domínio sobre a criação. Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. (Gênesis 1:28).
Tudo corria na mais perfeita harmonia para o primeiro e jovem casal que dividia a convivência conjugal no mais belo lugar, jamais imaginado. Um jardim com toda espécie de flores multicores, árvores frutíferas; campos verdejantes com animais domésticos; rios e lagos com toda espécie de peixes; tudo, especialmente preparado para eles, e, à disposição deles. “E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento. E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento; e assim foi. (Gênesis 1:29,30). Mas, um dia lhes foi tirada toda aquela riqueza de vida, consequência do pecado da desobediência. “Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais.
Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.
Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.
E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.(Gênesis 3:1-6). E assim se deu a queda do homem. 
         A mulher foi seduzida por satanás e suas falsas promessas diziam que aquele fruto proibido lhe levaria ao patamar do conhecimento e da ciência de Deus e após os seus mistérios revelados, ela se tornaria semelhante ao seu Criador. E, tarde demais, ela e seu marido que, também, comeu do fruto, descobriram com tardio arrependimento que a sua rebeldia contra a ordem de Deus era o amargo sabor da morte; Satanás, os havia engando com suas mentiras.  
        A solução para ambos, agora, seria esconder-se de Deus. “E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim. E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me. E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses? Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu e eu comi  E disse a mulher: por que fizeste isto? E disse a mulher: a serpente me enganou, e eu comi.(Gênesis 3:8-13). 
         “E a Adão disse: Porquanto, deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.” (Gênesis 3:17-19).
        Fora do lar original, não havia comida a sua disposição e eles tiveram de prover seu próprio sustento e, a mais terrível consequência do seu pecado: conviver distante do Criador. Mas, o casal deveria continuar a sua jornada com a missão de povoar a terra e viver para a glória de Deus. Este foi o propósito de Deus ao criar o homem. “A todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei para a minha glória: eu os formei, e também eu os fiz.” (Isaías 43:7).  Apesar  de ter a mulher ignorado o limite que Deus havia traçado para ela e seu marido, apesar de ter que arcar com a consequência do seu pecado, Deus não os deixou à deriva. Deus havia, com o primeiro casal, instituído a família. “E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele. Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”. (Gênesis 2:18, 24).  
        O casal teve muitos filhos, mas os dois primeiros que nasceram daquela geração, se destacaram na história da criação, por isto, vamos observar a vida desses irmãos em suas atitudes. Um deles, por nome Abel e o outro, Caim. Diz a Bíblia que Abel pastoreava ovelhas  e o outro, Caim, se tornou lavrador da terra. Seus pais, expulsos do Jardim o qual viviam antes da queda,  não puderam proporcionar aos filhos o conforto que lhes fora oferecido pelo Criador e eles, por causa do pecado dos pais, trabalhavam, derramando o suor do seu rosto a fim de prover o pão de cada dia, ou seja o sustento cotidiano para a preservação de suas vidas. Certamente, ambos tinham o amor e seguiam o exemplo dos pais, e estes os ensinavam a importância de obedecer e servir a Deus. E, ambos desejaram agradar o Senhor, oferecendo-lhe uma oferta. Segundo o capítulo quatro de Gênesis, Caim tomou a iniciativa de oferecer uma dádiva ao Senhor. “E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. (Gênesis 4:3) O irmão mais moço, seguindo o exemplo do mais velho, fez o mesmo. “E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; (Gênesis 4:4).
         Que fantástico, a ação daqueles adoradores! O Senhor Deus estava sendo honrado e adorado por seus filhos. O elo de comunhão que havia se rompido com o Criador por causa do pecado de seus pais, não os impediam de prestar-lhe culto. E, assim, o fizeram. Porém, Caim se irritou com seu irmão Abel. Diz a Bíblia que ele ficou afligido e encolerizado. “E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante.”  Caim não gostou de compartilhar com seu irmão Abel aquele ato de amor, de gratidão, de adoração, de culto ao Criador.
        Por que? A Bíblia diz que o Senhor agradou e aceitou a oferta de Abel, porém, rejeitou a oferta de Caim. “E atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou”. Mas, será por que o Senhor teve aquela reação, isto é, dar importância a oferta de Abel e desprezar a de Caim? Parece estranho. Como poderia Deus rejeitar uma oferta de um dos seus adoradores?
          A Bíblia diz que o Senhor sonda o mais profundo do nosso interior. Através do profeta Jeremias, Ele, diz: “Eu, o Senhor, esquadrinho o coração e provo os rins; e isto para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações”(Jr. 17:10). Deus não se impressiona com aparência, com eloquência, com títulos, ou seja lá o que for que o homem se esforce para exibir ou atrair. Tem gente por aí que diz que faz tudo para chamar a atenção de Deus. Sobe em árvore, o mais alto que pode; outros plantam bananeiras, sai correndo. Certa ocasião, uma pastora estava pregando, e em seguida largou o púlpito, balançou freneticamente a cabeça, saiu puxando as irmãs da igreja e, uma segurando na cintura da outra, começaram a correr enfileiradas pelas as alas do templo. E que poderia ter sido um culto de adoração, se tornou em distração e diversão. Foi assim que pensaram estar chamando a atenção de Deus. E, é o que está acontecendo por aí. O povo de Israel tinha promessas de Deus que ao serem restaurados do cativeiro, suas lagrimas se transformariam em alegrias,  seus sofrimentos acabariam em festas e danças. Mas, quando se reuniam no templo, quando iam para a adoração, era com decência e ordem. A presença de Deus nos alegra, mas, nos faz cair como morto, como João; a sua santidade nos envolve, mas, nos faz reconhecer a nossa condição de pecador e como Isaías, dizer: Ai de mim; sua glória nos eleva, mas nos perder as forças, como Daniel; sua luz nos ilumina, mas nos faz cair por terra como Paulo; a terra treme e os montes se derretem na presença do Senhor, diz o salmista. 
          Então, se quisermos atrair a atenção de Deus, é com corações contritos e quebrantados, Ele não despreza. É indo ao seu encontro com arrependimento, Ele não lança fora.  É com silêncio, cale-se diante dele. É com reverencia, guarda o teu pé quando entrares na casa de Deus. O Senhor nos retribui, segundo as nossas ações.
          Saul, primeiro rei de Israel, já não mais contava com a aprovação do Senhor, justamente por sua arrogância de achar que, por ser rei, poderia sair fora dos limites que Deus havia traçado para ele como rei. “Então disse Samuel a Saul: Procedeste nesciamente, e não guardaste o mandamento que o Senhor teu Deus te ordenou; porque agora o Senhor teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre; porém agora não subsistirá o teu reino; já tem buscado o Senhor para si um homem segundo o seu coração, e já lhe tem ordenado o Senhor, que seja capitão sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o Senhor te ordenou. (1 Samuel 13:13,14). Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender, melhor é do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei. (1 Samuel 15:22,23).
           Então, quando a gente ver as igrejas evangélicas aceitando todo tipo de atração, musicas, eventos inspirados nos moldes mundanos, não há dúvida, segundo a Palavra, que o Senhor vê esse  tipo de adoração como a oferta de Caim, o irmão irado e assassino. E Deus rejeita e vê esses ajuntamentos e manifestações em seu louvor como atos abomináveis e barulhos em seus ouvidos. Veja o que está acontecendo no meio evangélico, nos vídeos do Youtube, e se você é verdadeiramente salvo e tiver compaixão pelos perdidos, terá motivo para chorar e clamar a misericórdia do Senhor por um avivamento no meio evangélico. Pois o que está acontecendo com a igreja que se reúne em nome de Cristo, é estarrecedor. Satanás tem cegado o entendimento da liderança e o mundo invadiu com força as igrejas. Já não dá para saber a diferença do louvor profano daqueles que glorificam as trevas e dos que dizem estar glorificando a Deus. Com certeza, são poucos os que se salvam, observou Jesus. Muitos que sobem os palcos de shows com gritarias e muito barulho, muitos dos que pregam e operam sinais e maravilhas em nome de Jesus e multidões os seguem, dirão no último dia: “Senhor, abre-nos; e, respondendo ele, vos disser: não sei de onde vós sois;  então começareis a dizer: temos comido e bebido na tua presença, e tu tens ensinado nas nossas ruas. E ele vos responderá: Digo-vos que não vos conheço nem sei de onde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais a iniquidade. Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, e Isaque, e Jacó, e todos os profetas no reino de Deus, e vós lançados fora.” (Lucas 13:25-28).
            Ao observar a ira de Caim contra seu irmão, Deus o questiona: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar.
          O Senhor sabia da intenção de Caim contra seu irmão e o porquê da sua ira. E, por sua graça e misericórdia, foi ao encontro de Caim exortando-o, procurando conduzi-lo a uma reflexão do seu pecado. “Se bem fizeres, não é certo que serás aceito?”. Mas, Caim ao invés de refletir sobre a sua conduta maligna, procurando  uma forma de aplacar a sua ira contra Abel, seu irmão, ignorou os conselhos do Senhor Deus e arquiteto seu maquiavélico plano para atrair o seu irmão e mata-lo. “E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou”.
        Deus não aceitou a oferta de Caim porque ela não expressou a mais sincera atitude do verdadeiro adorador. “ Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala.”(Hebreus 11:4)
        Após matar Abel, Caim continuou vivendo como se nada houvera acontecido. Existem muitas pessoas que maltratam seus irmãos, os desprezam, os ofendem com suas atitudes e agem como se nada tivesse acontecido. Sobem os púlpitos, pregam, cantam louvores, ofertam, participam da ceia do Senhor Jesus e pensam que Deus não os está observando. Jesus disse: “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta. Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. ( Mat 5:23-25).
E o Senhor novamente vai ao encontro de Caim. “E disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão? (Gênesis 4:9). Caim, representa muitos de nós que ignoram a responsabilidade que temos diante de Deus por cada um de nossos irmãos, a começar pelos da nossa casa, nossa família. A Bíblia diz: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.” (1Tim. 5:8). E, esse cuidado não se limita somente aos de carne e sangue, mas, se estende aos nossos irmãos em Cristo, a família da qual Deus nos gerou em Cristo. O Apóstolo Paulo nos diz: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.” (Romanos 12:10). Encontramos na Palavra centenas de textos que nos ensinam a importância da comunhão dos membros do Corpo de Cristo e o cuidado que devemos ter por cada um deles. “ Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele. Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular.”  (1Corint 12:25-27). Paulo revela o seu amor pela igreja dizendo: “Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja;” (Col. 1:24).
           Deus perguntou a Caim: “Onde está Abel, teu irmão?” E a resposta de Caim foi: não tenho nada a ver com a vida de Abel. Eu não sou cuidador, não sou babá, não sou responsável por Abel meu, irmão. Mas, Deus o confrontou com o seu pecado e, desesperado, Caim saiu perambulando pelo mundo afora Então disse Caim ao Senhor: É maior a minha maldade que a que possa ser perdoada. Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua face me esconderei; e serei fugitivo e vagabundo na terra. (Gênesis 4:13,14).
Caim viu o peso do seu pecado, da sua ira, da sua omissão de não amar e zelar pela vida do irmão.
        O Senhor quer que nos importemos uns com os outros. Não  podemos, como membros do corpo de Cristo, dizer: irmão, eu não tenho nada com a sua vida! Temos, sim. Temos o dever de zelar pelo bem-estar dos nossos irmãos em Cristo. Quando ele estiver doente, meu dever é  visita-lo e assisti-lo em suas necessidades; se estiver triste, meu dever é abraça-lo e oferecer meu ombro amigo para ampará-lo; se alegre, e der uma festa, e se, claro! For convidado! Devo me alegrar com ele. Mas, independentemente de festas, ao ouvir seu testemunho de bênçãos recebidas, devo abraça-lo e parabeniza-lo pelo seu sucesso; se ele cair, ao invés de virar-lhe as costas, devo ajudá-lo a se levantar. O Apóstolo Tiago diz: “Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados”. (Tiago 5:20).  E, o Apóstolo João diz: “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado”. (1 João 1:7). A Bíblia deixa explicito a importância de não ignorarmos uns aos outros. Então, como podemos dizer: Irmão, não tenho nada com a sua vida, quando o nosso Salvador nos diz: “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.”? (João 15:12).
           Sabe por que aquele pastor disse ao rebanho que Deus havia colocado em suas mãos: ‘Irmão, eu não tenho nada com a sua vida’? Porque ele se juntou ao time de muitos dos seus colegas que fazem o mesmo. Não estão preocupados em preparar a Igreja para habitar nas moradas eternas as quais Jesus prometeu, dizendo: “Na casa de meu Pai há muitas moradas, vou preparar-vos lugar”; porque esses pastores não têm amor pelo rebanho, pois, não querem dar-se ao trabalho de conhecer o estado de suas ovelhas; porque eles próprios ainda não se converteram verdadeiramente e não conhecem o Deus que deu a sua vida pelo rebanho, pois a Bíblia diz que, “quem não ama, não conhece a Deus”; Por isto, dizendo de púlpito: irmão, eu não tenho nada com a sua vida, as ovelhas estão livres para andar por aí, “leves e soltas”! Sai da igreja e vão para as baladas da vida e essas baladas significam participar de todas as iguarias que o diabo oferece, com direito a trazer para a igreja e dividi-las com os demais irmãos, quer gostem eles, ou não, pois, o seu pastor diz: ‘eu não tenho nada com a sua vida’. Então, eis aqui gozo e alegria, matam-se bois e degolam-se ovelhas, come-se carne, e bebe-se vinho, e diz-se: Comamos e bebamos, porque amanhã morreremos. (Isaías 22:13). Vão morrer, sim, em seus delitos e pecados. E suas almas vão perecer porque seu pastor não tinha nada com a sua vida.
              Pastor, algum dia você disse para alguma de suas ovelhas, essas pelas quais Jesus as comprou com a sua própria vida; e pelas quais Ele derramou a sua última gota de sangue, e as colocou nas suas mãos, dizendo: apascenta os meus cordeirinhos? Sim, você disse a alguma dessas ovelhas: eu não tenho nada com a sua vida?
          Jesus disse as suas ovelhas: Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil. (Hebbreus 13:17). Pastor, se você diz a sua ovelha: eu não tenho nada com sua vida! Então, como as ovelhas vão lhe obedecer, se você não as apascenta? Não as ensina a fugir do pecado, do  amor as coisas do mundo? Do envolvimento com o mundo? Muitas de suas igrejas podem ser qualquer centro de atração, menos um lugar de adoração.” Mas, se estivessem estado no meu conselho, então teriam feito o meu povo ouvir as minhas palavras, e o teriam feito voltar do seu mau caminho, e da maldade das suas ações.” (Jeremias 23:22). Sabe porque você diz: não tenho nada com a sua vida, irmão?
            Por que? Porque há muito tempo você deixou de olhar para cruz; há muito tempo se esqueceu que o seu Pastor Supremo deu a vida pelas suas ovelhas, inclusive, a sua!  E, lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas, cuida bem dos meus cordeirinhos, as que amamentam, tenha cuidado dobrado com elas, se necessário, carregue meus cordeirinhos no colo. É assim que Jesus recomendou-lhe os cuidados com suas ovelhas, seu rebanho.
          Caim, onde está o seu irmão? Pastor, onde está a sua ovelha? O que ela está fazendo? Aonde e com quem está andando? Jesus perguntou a Pedro: “Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.” (João 21:16). E, sabe, meu caro pastor, você tem, sim, tudo a ver com a vida daquele irmão ou irmã que Deus colocou aos seus cuidados. Quando pessoas entrarem na igreja de Cristo, não sua, seu dever é cuidar bem delas. O Senhor Jesus diz que você prestará contas das almas dessas pessoas diante dele. Até mesmo aquelas que você expulsou da igreja, dizendo que elas não eram “bem-vindas” porque não entregavam o dizimo. É gratificante entregar nossos dízimos e ofertas. Mas, aqueles que adoram a Deus com esse ato de amor, não se importa de sentar-se ao lado de quem não o faz, pois, o amor de Cristo em sua vida genuinamente convertida, poderá influenciar o seu irmão a fazer o mesmo. E, em nenhuma parte das Escrituras está dizendo que a salvação das almas está condicionada a ordenança de dizimar. A salvação é pela graça, é um presente de Deus ao pecador. A condição para entrar no reino é o arrependimento. Jesus disse: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus. ( Mateus 3:2). Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor. ( Atos 3:19). Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento, e não comeceis a dizer em vós mesmos: Temos Abraão por pai; porque eu vos digo que até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão.( Lucas 3:8). O Apóstolo Paulo diz: “Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos”. Se nossos irmãos tem essa fraqueza de não enxergar a importância de adorar a Deus com suas finanças, oremos por eles, mas não os repudiemos por isso. Além disso a Bíblia diz: Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. (Isaías 55:1). Quantos dos nossos irmãos estão vindo aos cultos pelo prazer de adorar e ouvir a Palavra, mas, estão desempregados, suas geladeiras e dispensas, vazias; contas atrasadas. Mas, você não se interessa em conhecer o estado dessas ovelhas. Imagine a dor desses irmãos ao ver que são escorraçados da comunhão por não poderem entregar dízimos e ofertas.
Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. (.Atos 20:28). Paulo aconselha Timóteo a seguir a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão. (1 Tm 6:11) 
    "Porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas".  Você ama o Senhor Jesus? Então, ame o seu irmão, assim o mundo saberá que você ama a Deus. E não se esqueça de que amor sem ação implica numa fé morta, afirma a Palavra através do Apóstolo Tiago. Quando Deus perguntou a Caim pelo seu irmão Abel, ele respondeu: não sei, sou eu guardador do meu irmão? Ele estava dizendo que a vida do seu irmão não lhe atribuía  valia alguma. Ele não tinha nenhuma responsabilidade de cuidar de Abel e muito menos lhe interessava por onde Abel andava. 
      Por que achamos que não somos responsáveis pelos nossos irmãos? Em vários textos encontramos Deus nos delegando responsabilidades em prol do nosso próximo.
Quando o Senhor perguntou a Caim pelo seu irmão, Ele estava chamando-o à responsabilidade de amar, zelar e cuidar do seu irmão. É cômodo para nós, ignorar nossos irmãos, pois, existem situações que incluem pessoas, e que, se necessário for, ao interferirmos nesta ou naquela situação, ela poderia nos tirar da nossa zona de conforto. Pois, só o fato de nos envolvermos com alguém, isso já exigir muito de nós. O que pode ocorrer se o meu semelhante precisar da minha atenção? Para socorrer alguém,  necessitamos de algo muito mais do que simplesmente dizer algumas palavras como Deus o abençoe, vai em paz; é preciso ação, é preciso compaixão, é preciso amor. Na sua primeira carta aos Coríntios o Apóstolo Paulo nos dá as diretrizes de como podemos servir a Deus, destacando o mais importante elemento da vida cristã, o amor.     (1 Coríntios 13:1-10. Tempo: ao envolvermos com alguém, necessitamos investir tempo. Tempo para lhe dar atenção; tempo para oração; tempo para aconselhamento, tempo para ouvir etc.  Assistência financeira: pode ser que o nosso irmão esteja desempregado, passando por dificuldade financeira e, se temos economias das quais podemos dispor,  devemos ajudá-lo. Pode ser que, assim que ele retornar ao emprego, nos devolva tudo o que lhe demos para as  suas necessidades, mas, pode ser que não queiramos o seu retorno; porque o investimento que fizemos em prol do nosso irmão está sendo acumulado nos tesouros dos céus, os quais Jesus referiu e nos aconselhou a ajuntá-los. Pode ser que tenhamos que atender ao telefone quando gostaríamos de não ser incomodados. Então, para que não sejamos importunados, a melhor atitude que podemos tomar, fora do padrão de um verdadeiro discípulo de Jesus, é dizer: Não tenho nada com a sua vida, irmão. E fingirmos que não está acontecendo nada com ele. Sou eu guardador do meu irmão?

        Que eu e você sejamos despertados para obedecer e servir melhor o nosso Senhor e Salvador, reconhecendo a nossa responsabilidade diante de Deus pela vida do nosso irmão, no amor de Cristo.