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sábado, 29 de setembro de 2012

Ele é cheio de compaixão por nós.


Estamos de forma especial falando aos capelães; homens e mulheres que entenderam e atenderam o chamado do Mestre para o exercício da misericórdia. Que tem o coração cheio de compaixão para levar aos que sofrem palavras de alento aos seus corações aflitos.






      A palavra de Deus nos revela que Ele é cheio de compaixão por nós. Em Deuteronômio, Deus diz ao seu povo Israel: “E se te converteres ao Senhor teu Deus, e deres ouvidos à sua voz, conforme a tudo o que eu te ordeno hoje, tu e teus filhos, com todo o teu coração, e com toda a tua alma, então o Senhor teu Deus te fará voltar do teu cativeiro, e se compadecerá de ti, e tornará a ajuntar-te dentre todas as nações entre as quais te espalhou o Senhor teu Deus”.
Compaixão significa: um profundo sentimento de misericórdia pelo sofrimento de outrem. Compaixão é o sinônimo do amor de Deus pela humanidade. Ele se moveu de intima compaixão por nós quando nos viu acorrentados pelo mal, quando nos viu chafurdados no pecado e por isto, mandou seu Filho Unigênito para nos socorrer e nos resgatar das garras do diabo. A Biblia diz: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Compaixão é socorrer alguém em sua aflição sem esperar nada em troca. É muitas vezes assumir a dor do outro. Foi o que Jesus fez por nós; Ele assumiu o nosso lugar de castigo e pagou com sua vida o nosso resgate. Quando sentimos a verdadeira compaixão somos induzidos à prática da misericórdia; a compaixão torna o nosso coração sensível, amoroso, misericordioso, terno, e move nossa atenção para o sofrimento do nosso semelhante e nos induz a fazer algo por ele.
    Somos instruídos pelo apostolo Pedro para sermos todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis. Não tornando mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo; sabendo que para isto fostes chamados, para que por herança alcanceis a bênção. Isto significa que não podemos estar em conflito com os nossos irmãos, membros do Corpo de Cristo e muito menos ignorá-los, pois, somos membros uns dos outros.
    Nosso Senhor ia ao encontro daqueles que eram considerados imundos, daqueles que a sociedade evitava e desprezava.Temos na Bíblia muitos relatos que nos falam da compaixão de Jesus pelos que sofriam. Ele teve compaixão de homens e mulheres pecadores e os perdoou sem lançar em seus rostos as suas iniquidades. Jesus demonstrou o seu grande amor e compaixão curando uma mulher que o apertava na multidão quando Ele estava a caminho para ressuscitar a filha de Jairo, chefe da sinagoga. Jesus demonstrou compaixão por um homem que vivia dominado por demônios e sua morada era nos sepulcros. Jesus o libertou e o transformou num missionário para anunciar as boas novas que o haviam alcançado: Vai para tua casa e para os teus e anuncia quão grandes coisas o Senhor te fez. E diz a Bíblia que ele foi apregoando por toda a cidade quão grandes coisas Jesus lhe tinha feito.
   Existem pessoas com muitos problemas precisando de ajuda e Deus se compadece dessas pessoas, mas, nós temos o privilégio de ser os instrumentos que Ele dispõe para alcançar essas pessoas.
     Israel estava em grande aperto pela dor do exilo, muitas famílias havia perdido seus ente queridos, e Deus usou Jeremias, profeta cheio da sua graça para levar consolo e esperança para aquele povo, dizendo que as misericórdias do Senhor não têm fim. Aqueles que sofrem precisam saber que quando clamamos ao Senhor por misericórdia o Senhor nos atende de bom grado; A Bíblia ensina que o Senhor está sempre presente quando o buscamos com inteireza de coração; que o Senhor com seu amor e compaixão se inclina para nos ouvir, pois a sua misericórdia é maior do que possamos imaginar. Existem muitas pessoas doentes e mentalmente perturbadas porque não conseguem entender o amor e perdão divino. Não conseguem entender que o Senhor os acolhe com amor dizendo em sua Palavra: Aquele que vem a mim de maneira nenhuma lançarei fora. Muitos nos procuram, pedem oração, abrem seu coração e a luz da Palavra lhes mostramos o perdão divino, mas, algumas dessas pessoas não se sentem perdoadas e ficam se culpando, porque não conseguem entender a dimensão do amor de Deus. Marcos relata a ação de quatro amigos que se compadeceram de um paralítico. Provavelmente eles eram amigos do paralitico, também. Quando eles levaram o paralítico a Jesus, a primeira coisa que Jesus disse ao olhar para aquele homem, foi: Homem, perdoados te são os teus pecados. Ele perdoou os pecados do paralítico e o curou. Do mesmo modo, Ele perdoou uma mulher apanhada em adultério sem a condenar. Sabe por que? Porque Deus é amor e olha para o pecador com seu olhar de misericórdia.
      Precisamos ser sábios quando formos exercer o nosso sentimento de misericórdia pelos que sofrem. Jó nos mostra como a compaixão pode ir além das palavras. Ele nos faz entender que muitas vezes as palavras são repugnantes diante de uma situação de dor, quando as pessoas fazem severos julgamentos por aparentes situações. Assim fizeram os "capelães", amigos de Jó, Elifaz, Bildade e Zofar. Sem conhecimento de causa, julgando pela aparência, eles começam a censurar Jó e dar-lhe conselhos movidos de severas acusações pela desconfiança de que o amigo havia cometido algum pecado hediondo e por consequência deste, se encontrava naquela situação de dor e sofrimento. Ao invés de ajudar, quem não tem sabedoria para consolar vai causar mais dor e sofrimento ao aflito. Jó comparou os conselhos de seus amigos como uma comida sem sabor. Seus conselhos só lhe aumentavam a dor porque eram seguidos de infâmias. Devemos ser cautelosos em nossas palavras quando encontrarmos uma pessoa ferida. Muitas vezes as pessoas precisam mais de ouvidos para escutá-las do que de palavras. Jó precisava da compaixão dos seus amigos e não de suas palavras. O amor de Deus é maior do que as nossas conjecturas sobre os acontecimentos que envolvem pessoas.
    Deus mandou o profetas Jonas dizer aos moradores de Ninive que eles seriam destruído por causa dos seus pecados; mas eles se arrependeram e pediram perdão e as misericórdias do Senhor os alcançou e foram perdoados. Jonas não gostou do que Deus fez pelos moradores de Ninive e questionou com Deus o porquê de sua atitude: como não teria eu compaixão de Ninive em que há 120 mil almas que não sabem discernir a mão direita da esquerda? Foi a resposta do misericordioso Senhor.
As misericórdias do Senhor nunca tem fim. Entenda isto, meus amados! Seu inalterável amor resgata os cativos. Na parábola do servo que devia ao rei uma divida, Jesus mostra a compaixão do rei perdoando o seu servo; Ele disse: Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida. Na parábola do Filho Pródigo a Bíblia nos revela a atitude de um pai que, cheio de compaixão, esperava pelo filho rebelde. Nos conta a narrativa que depois de haver desperdiçado toda a fortuna que havia recebido do pai, o filho reconhece o seu erro e, arrependido volta para casa. Seu pai não o rejeita, mas, diz a parábola: E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. Aquele pai, quando viu o seu filho não questionou a sua rebeldia; não o rejeitou por ele ter desperdiçado sua herança; não teve repulsa em abraçá-lo maltrapilho e mal cheiroso; Ele não se importou com o estado deplorável do filho, mas, o recebeu cheio de compaixão. É esta compaixão que devemos levar aos que sofrem, aos que estão perdidos, aos que desperdiçaram sua herança, aos que não sabem discernir a mão direita da esquerda. Há esperança para cura-los tanto da enfermidade física, quanto da enfermidade da alma; tanto da enfermidade da alma quanto da enfermidade do espírito. Essas pessoas precisam saber que Deus é amor! Que Deus não as rejeita quando há um sincero arrependimento em seus corações. Nem eu não te condeno, vai e não peques mais, o foi que Jesus disse a mulher apanhada em adultério.
    Jesus se compadecia também das multidões: E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas. O que você sente meu amado irmão quando vê uma multidão? A ignora? Jesus não a ignorava. Ele chorou e lamentou por Jerusalem. Você tem chorado pelas almas perdidas de sua cidade? Você tem chorado quando vê uma multidão seguindo uma imagem que tem pés, mas não anda, olhos, mas não veem, boca mas, não fala? E a Palavra diz que essas pessoas jão estão caminhando para a morte, pois, os idólatras não herdarão o reino de Deus. Você tem chorado pela salvação dessas pessoas? Tem clamado a Deus para que a cegueira seja tirada de seus olhos espirituais e vejam o quanto estão enganadas e se convertam ao Senhor? Você tem chorado quando vê multidões nas "paradas" publicando seus pecados sem disfarçar?
     Paulo diz que Deus é a fonte pra capacitar os seus servos e manifestar em suas vidas a verdadeira compaixão. Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também; E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição. É esta compaixão que nos move para ir ao encontro daqueles que estão sofrendo. Temos sobre nós os benefícios das misericórdias do Senhor e a única coisa que temos de fazer é estarmos revestidos de entranháveis misericórdias por aqueles que precisam da nossa compaixão. Misericórdia e compaixão são sentimentos que devem estar arraigados em nossos corações por causa do amor de Deus por nós. Estes sentimentos nos levam a deixar nosso vil comodismo e sair em direção dos pobres, dos idosos, dos solitários, dos famintos, dos desesperados, dos órfãos, dos doentes, dos descalços, dos nus, dos perdidos e dos feridos à beira do caminho. E são incontáveis os que se encontram perdidos e feridos à beira do caminho; e, como filhos de Deus, salvos para as boas obras, não podemos ignorar as suas necessidades. Essas pessoas necessitam de compaixão, necessitam deste mais profundo dos sentimentos da emoção humana. por isto que quando uma pessoa é movida de compaixão ela não pode ficar alheia ao que está acontecendo ao seu redor porque suas entranhas se movem e se dilaceram pela dor e sofrimento do seu semelhante. Assim era Jesus. Jesus chorou pela multidão, por Jerusalem e chorou também quando viu o sofrimento das irmãs de Lázaro que sofriam pela dor da morte do seu irmão. Mas, Jesus não apenas chorou com aqueles que sofriam, Ele levou a solução para a vida daquelas pessoas.
    Estamos falando aos capelães, homens e mulheres que entenderam e atenderam o chamado do Mestre para o exercício da misericórdia e que tem diante de suas vidas o desafio de levar o bálsamo restaurador para os aflitos e necessitados que se encontram à beira do caminho; de levar aos que sofrem palavras de consolo e conforto para seus corações aflitos. Mas, não somente os capelãs tem essa responsabilidade. Toda a Igreja tem esse dever! E se você não pode ir, pode dar suporte a quem vai.
     Jesus tinha a solução para os problemas dos oprimidos, e, nós, em Jesus, temos também a solução para ajudá-los. Temos o poder do nome de Jesus. O Senhor Jesus nos delegou autoridade para operar maravilhas em seu poderoso nome.
     Quando um capelão vai ajudar alguém ele deve saber o que responder aos que perguntam pela esperança que lhes é oferecida. Uma das formas de nos apresentarmos é dizendo: Estamos aqui para ouvir você e caminhar ao seu lado trazendo a nossa solidariedade e esperança, e para lhe dizer que há solução para o seu problema; para lhe dizer que o Senhor Jesus está com suas mãos estendidas para abençoar você. Porém, isto não é privilégio apenas de capelães ordenados por uma instituição de capelania, é privilegio da igreja do Senhor Jesus. Capelania também representa a igreja saindo das quatro paredes do templo e indo a procura daqueles que não teem coragem de ir até a igreja para receber Jesus, único capaz de dar solução para os seus problemas. O capelão tem essa responsabilidade de levar esperança ao aflito além das portas do templo. Por isto a importância de terem as igrejas ministério de capelania em sua associação ministerial.
     Capelania não somente deve levar ajuda espiritual, mas, também a ajuda humanitária segundo as possibilidades de cada ministério e as necessidades das pessoas. Jesus não estava alheio as necessidades e sofrimentos do povo, ao contrário, ele estava sempre atento a tudo o que acontecia, pois ele se preocupava com todas as pessoas e procurava solução para todos os problemas. Jesus nunca despediu uma multidão com fome. Certa vez ele disse aos seus discípulos: Tenho compaixão da multidão, pois há treês dias que não come, e não podemos deixar essas pessoas ir para suas casas com fome. Que coração bondoso! Quantas vezes alguem bate à sua porta pedindo um pão para saciar a sua fome e você o ignora! Há quanto tempo você tomou conhecimento que alguem da igreja, um pai de família está sem emprego, e você não tem coragem de lhe oferecer uma cesta básica! Acorda Igreja! Oração, tapinha nas costas, abraços no momentos de cânticos não suprem as necessidades daqueles que estão com seus estômagos vazios!
      Devemos saber enxergar as necessidades do mundo. Jesus não somente tinha compaixão, mas, levava a solução para os problemas daqueles que sofriam. E, para terminar vamos citar a compaixão de Jesus por uma viúva que chorava a morte do filho. Vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores. Jesus viu o sofrimento daquela viúva e viu o seu coração verdadeiramente arrebentado; ela perdera o marido e agora seu único filho também havia morrido. Diz a palavra que uma grande multidão seguia aquele funeral. Provavelmente aquela mulher era uma pessoa bastante popular em sua cidade. Ela tinha muitos amigos que a amava e as pessoas estavam com muita pena dela, mas, nenhum dos seus amigos tinha a solução para ela e nem como a consolar pela sua dor. Mas Jesus foi ao seu encontro movido de compaixão; Ele tinha todo o poder do universo, e ordenou a morte que restituísse a vida daquele rapaz. Jesus tinha poder sobre a morte.  Jesus é a revelação do amor de Deus; Ele é o próprio amor. Foi Ele que deu a sua vida para nos salvar de todos os nossos pecados. Amados, o crente revestido do amor de Deus, não pode ficar alheio aos sofrimentos do seu semelhante. Fomos socorridos de nossas aflições, e agora devemos ir em busca dos que precisam de socorro e dizer-lhes tende bom ânimo! Fomos salvos agora devemos ir a procura do pecador e lhe oferece a salvação. Jesus nos deixou a missão de ir por todo mundo e pregar a toda criatura. Mas, para nos dar este encargo, Jesus recebeu a plenitude do poder e da autoridade do Pai. É me dado todo poder no céu e na terra; portanto, ide; Jesus afirmou e garantiu: eu vos dou autoridade para pisar serpentes e escorpiões; em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. Temos todas as ferramentas de que precisamos para atender ao IDE de Jesus levando a sua salvação a todos os povos do mundo; temos a autoridade de Jesus ao nosso dispor; temos a sua companhia: Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos. Portanto, meus amados, temos a missão de socorrer os aflitos ajudando-os em suas necessidades, e temos tabém a missão de levar a salvação de Jesus para suas almas sem Cristo.
Todo crente precisa mover-se de compaixão pelo sofrimento do seu semelhante. E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. É nosso dever como cristãos praticar a misericórdia.


Deus abençoe a sua vida.
(Textos citados: Dt. 30:2,3; Jo. 3: 16; I Pd. 3:8,9 ; Mc. 5: 21-43; Jó 6:1-30; Lm. 3:22;

Mt. 18:27; Cl.3:12,13,14; Mc. 6: 34; Lc.7:13; Mt. 25:40).



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