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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Não me conhece, mas, tenho certeza que você orou por mim.

Certa vez, fui convidada para  um  culto promovido pelo ministério de Mulheres, na cidade de Framingham em Massachusetts,USA. Havia pessoas de várias cidades, e de diferentes seguimentos evangélicos. Eu estava em plena atividade na direção do Ministério de Capelania como Coordenadora de Capelania Internacional pela "United Chaplain International" e,  também, representante da "International Union of Pastors", em Massachusetts, pela UNIPAS. Além de percorrer as igrejas, sempre que havia oportunidade de estar em congressos evangélicos, encontro de pastores etc., e, assim, aproveitava a ocasião para conversar com pastores e líderes eclesiásticos, objetivando animá-los e incentivá-los  a implantar o ministério de capelania em suas igrejas, pois, esta era a missão que o Senhor me confiara naquele País: trabalhar na capacitação de homens e mulheres dispostos a servir ao Senhor exercendo o ministério da misericórdia, formando capelães.
Pois, bem, após terminar aquele evento uma sorridente senhora, segurando firmemente sua Bíblia à altura do peito, tocou meu ombro, perguntando: você se lembra de mim? Rapdamente, tentei ativar a memória procurando lembrar  se conhecia aquela irmã, mas, por mais que me esforçasse, não consegui êxito;  enfim, falei: desculpe-me, irmã, mas, não consigo me lembrar de você. Ela disse: Não me conhece, mas, eu tenho certeza que você orou muitas vezes por mim, e esta é a razão pela qual estou aqui. Ela começou a narrar sua tragetória de vida dizendo: Casei-me com um homem de Deus, meu marido é diácono da Igreja, estamos há dez anos nos EUA, temos um restaurante, e nos dedicamos a obra ajudando no sustento de missionários. Após sua breve narrativa, minha alma se regozijou em saber que eu poderia ter contribuido pela salvação daquela vida e ela por sua vez, estava trabalhando para ajudar a salvar outras vidas. Um pouco constrangida por não me recordar absolutamente nada sobre ela e muito menos se algum dia havia levado o seu nome ao Mestre, respondi: perdoe-me, mas,  não sei quem é você. Ela, então se identificou dizendo que haviamos estudado no mesmo colégio e morávamos na mesma rua quando crianças numa pequena cidade do interior do Espírito Santo. Ao terminar o ensino médio, fui residir no Rio para realizar o meu sonho que era estudar no Seminário e me formar para ser missionária na àfrica. O tempo foi passando e perdemos contato. Ela me revelou que um dia ao voltarmos da escola onde estudávamos, comecei a falar de Jesus para ela e coloquei o dedo a altura do seu nariz e a repreendi por ela ser idólatra, e disse-lhe que, apesar de religiosa praticante, se não se arrependesse do seu pecado, ao morrer, ela iria para o inferno e passaria sua eternidade no tormento eterno, longe de Deus. Ela disse que ficou enfurecida por ser exortada por uma "pirralha" bem mais nova do que ela, porém, não conseguiu conciliar seu sono na noite daquele dia e muitas outras que se seguiram. Afirmou que comprou uma Bíblia e começou a estudá-la e, descobriu o quanto suas imagens feria o coração de Deus e que a salvação de sua alma independia da sua devoçao aos santos de sua igreja e obras que praticava. contou-me que relutou em romper com suas tradições religiosas, porém o Espírito Santo de Deus trabalhou em sua vida, e anos depois, procurou uma igreja biblicamente cristã e começou a congregar. E, ali estava ela dando seu testemunho, dizendo o quanto era feliz por  ter conhecido Jesus como Senhor e Salvador de sua vida.
 Abracei ternamente aquela minha irmã, lembrando que realmente, mesmo sem saber do seu paradeiro, orava e chorava pela salvação de sua alma e de sua família, diante de Deus. E não a reconheci porque na sua adolescência ela era bem diferente daquela bonita e elegante mulher que falava comigo. Se ela não tivesse se identificado, jamais a reconheceria. Feliz e sorridente, ela afirmou que a sua mãe e irmãos tinham Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas.
Compartilhando esta história, quero dizer-lhe da importância da oração. Devemos orar pela salvação dos nossos amigos, colegas de escolas, de trabalho, familiares, entre outros. Não importa se a pessoa está perto ou longe, ou quais motivos temos para colocar diante de Deus por elas. O certo é que Deus responde as nossas orações. Aprendemos na  Bíblia que devemos orar uns pelos outros: "com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos" (Ef. 6:18). A Bíblia nos ensina orar pelas autoridades, orar pela paz da cidade, pela conversão de almas. O Apóstolo Paulo em suas cartas pedia que as Igrejas orassem por ele. "Irmãos, orai por nós".  Finalmente, irmãos, orai por nós, para que a palavra do Senhor se propague e seja glorificada, como também está acontecendo entre vós; (2 Tss. 3:1) orai por nós, pois estamos persuadidos de termos boa consciência, desejando em todas as coisas viver condignamente". (Hb. 13:18) Jesus disse que devemos orar para que a tentação não nos enlace. "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca". (Mt. 26:41). Ele recomendou também, a orar por aqueles que nos maltratam: "bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam". (Lc. 6:28). Neemias, na reparação das ruínas dos muros de Jerusalém registrou a importância da oração e vigilância contra seus inimigos. "Porém nós oramos ao nosso Deus e, como proteção, pusemos guarda contra eles, de dia e de noite".  ( Neemias 4: 9).
Jesus, falando do seu retorno, e das lutas que seus servos deverão enfrentar até a sua vinda, deixa em evidência o quanto é importante o nosso contato diário com Ele através da oração. "Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem. (Lucas 21:36)   Vivemos numa sociedade corrupta, imoral e sem escrúpulos e não estamos livres de sua contaminação. Muitos que se identificam como servos de Cristo tem envergonhado o Evangelho porque esqueceram de lembrar que "satanás brama como leão procurando a quem possa tragar". Jesus aconselha: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca". (Mt. 26:41)
Jesus nos aconselhou  também a orar por aqueles que nos maltratam. Mas, quão relutantes temos sido em obedecermos este seu mandamento! "Bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam". (Lc. 6:28).
Orar agrada ao coração de Deus;  Orar ao Senhor, significa dizer-lhe o quanto o amamos e o quanto dependemos dele; Significa dizer que realmente temos entendido o que Jesus nos disse: "Sem mim, nada podeis fazer" e que portanto, dependentes dele, nosso desejo é cada vez mais estreitarmos os nossos laços de comunhão com Ele, pois os "seus olhos passeiam por sobre a terra para mostrar-se forte em favor daquele cujo coração lhe agrada".


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