“A verdade é que ninguém dá a mão ao homem arruinado, quando este, em sua aflição, grita por socorro”. (Jó 30:24)
Certa jovem, pobre, contraiu matrimonio com um homem muito rico. Diz-se que ela gostava de ajudar aos pobres fazendo grandes contribuições para entidades filantrópicas e indo, ela mesma, ao seu encontro, levando roupas, alimentos etc. Mas, seu espírito de solidariedade começou a incomodar o marido. Então, ele a proibiu de exercer a misericórdia e começou a ensina-la a neutralizar seu coração contra os apelos os quais a movia ir em busca dos aflitos, lembrando-lhe que ela poderia estar no lugar daqueles miseráveis, se continuasse a gastar o seu dinheiro em prol deles. “No início foi difícil contemplar a mão estendida, e lhe negar um pedaço de pão, porque eu fui criada na mais cruel situação de pobreza nas ruas de Nova Yorque e sei o que significa sentir frio e dormir com fome. Mas, com o passar do tempo, ver crianças nas ruas e mendigos implorando o pão, já não me incomodava mais, e passei a ignora-los”. Este é o perfil do homem que não conhece a Deus. Ele nem vê alguém pedindo socorro ou se vê, ignora. Até mesmo nas igrejas encontramos pessoas as quais seus corações não se movem em favor dos aflitos. Mas existe Aquele que não ignora um pedido de socorro. O salmista sabia disto e assim se expressou: Na minha aflição clamei ao Senhor; gritei por socorro ao meu Deus. Do seu templo ele ouviu a minha voz; meu grito chegou à sua presença, aos seus ouvidos. (Sl. 16:6). Em outra de suas canções, ele diz: Exultarei com grande alegria por teu amor, pois viste a minha aflição e conheceste a angústia da minha alma. Pois não menosprezou nem repudiou o sofrimento do aflito; não escondeu dele o rosto, mas ouviu o seu grito de socorro. (Sl 22:24: 31:7).
A Bíblia diz que aquele que ignora um pedido de socorro, um dia vai clamar e não terá quem o socorra. Mas, aos que tem um coração solidário, que com renúncia própria beneficiar os famintos e satisfizer o anseio dos aflitos, o Senhor diz que a sua luz vai refletir nas trevas, e ele receberá a recompensa do seu amor. “E se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. E o Senhor te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam”. (Is.58:10, 11)
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