Total de visualizações de página

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Parceria com os Infiéis sempre resultou em Tragédia

         Nesta reflexão vamos abordar um assunto não tanto agradável.  Gostamos de falar ou pensar em coisas que nos faz bem, nos transmite alegria, que nos faz esquecer as tribulações, o mal de cada dia.  Por isso que Jesus nos aconselha a não nos preocuparmos com nada. “Decerto o vosso Pai Celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal”. ( Mateus 6:34)
      Na carta aos filipenses, o Apóstolo Paulo aconselha: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Filipenses 4:8). Então, o nosso pensamento deve ser em agradecimento ao Senhor que cuida de nós, que nos protege, nos sustenta, nos anima, nos fortalece, nos guia, nos conforta, nos consola. Enfim, sua presença em nós, nos dá todas as condições de seguir seus passos, olhando para Jesus, autor e consumador da nossa fé; lembrando sempre que somente através da nossa fé, em Jesus, é que podemos vencer o mundo.
      Mas, também, mesmo tendo alguém que nos cerca e cuida de nós, Jesus falou que neste mundo teríamos dias difíceis para enfrentar. Porém, nos deu a segurança de que Ele estaria conosco nos momentos adversos da nossa vida. Porque a nossa caminhada neste mundo não nos torna blindados de tragédia.
       Mas, o que é tragédia? Segundo os estudiosos, tragédia é uma palavra que tem sua origem na inspiração poética e tradição religiosa da Grécia Antiga, embora, dizem, não ter convicção nesta afirmativa. Porém, à literatura grega é atribuída a origem dessa palavra. Os festivais em honra aos deuses gregos eram acompanhados de grandes obras literárias, denominadas: tragédia  e no desfecho da composição literária, seus personagens principais, na maioria, encarnavam um final trágico. Os poetas gregos tinham o dever de entreter sua plateia, certificando que o teor de seus versos, citados ou cantados, resultasse em narrativas de terror, sofrimento, e até morte.  E isto era uma tragédia. A tragédia como obra poética literária não sobreviveu ao gosto das novas gerações de Atenas. Mas a força da palavra em seu sentido, permanece. Coloquialmente, quando se quer enfatizar situações de grande sofrimento e dor ao ser humano, diz-se que aconteceu uma tragédia grega.
      Uma tragédia pode atingir pessoas, individualmente, uma comunidade ou uma nação inteira.  Traduzindo de forma que possamos entender melhor, poderíamos dizer que, tragédia é o tributo pago por uma opção, uma má escolha, quer seja de ordem moral, espiritual, material etc.
       As tragédias podem suceder por desastres naturais devido a fenômenos geológicos, fenômenos climáticos, decorrentes de variações da natureza com furacões, terremotos tempestades, como ocorreu em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, no Chile, no Extremo Oriente da Rússia, no Oeste do Panamá etc.;  maremotos provocando tsunami como na Indonésia, em 2004, em que milhares de pessoas perderam suas vidas; outra tragédia de grande magnitude foi o maremoto que aconteceu em 2011, no Japão, provocando um tsunami que atingiu a usina nuclear de Fukushima,  causando vazamento de radiação, poluindo a atmosfera e a água do local. Esse acontecimento catastrófico, destruiu várias cidades na costa do Japão e resultou na morte de dezesseis mil pessoas e, por conta dessa tragédia, milhares de sobreviventes tiveram que ser transferidos para outras cidades. 
       Mas, tragédias podem, não somente ser resultado de manifestações da natureza, como também podem ser provocadas pela ação do homem. Podemos citar os ataques atômicos Norte Americanos contra o império do Japão, bombardeando as cidades de Hiroshima e Nagasaki, durante os últimos meses de combates da segunda guerra mundial em agosto de 1945. As consequências daqueles atos tenebrosos sobre Hiroshima e Nagasaki, foram desastrosos. Milhares de pessoas morreram por queimaduras, envenenamento radioativo, e outras lesões. Mas, o poder aniquilador das bombas foi além do espaço habitacional daquelas cidades, afetando, também, a estrutura genética dos sobreviventes e seus descendentes.  Dos efeitos radiativos pela bomba de urânio a qual os americanos intitularam de “Little Boy”, lançada em Hiroshima e do plutônio da “Fat Boy”, lançada em Nagasaki, nasceram aos atingidos, descendentes mutilados, lesionados pelo efeito de radiação das bombas. Até hoje, 70 anos depois, crianças nascem com problemas genéticos, afirmam os historiadores.
         Também, como consequência de tragédia causada pela ação do homem, em 2001, mais de três mil pessoas  perderam suas vidas, em consequência dos ataques terroristas, nas torres gêmeas do World Trade Center, em Nova Yorque.
        E, difícil também é esquecer a tragédia causada por falha humana no comando da aeronave que conduzia o time chapecoense rumo a Colômbia para a disputa da Copa Sul-Americana de Futebol em novembro de 2016. A irresponsabilidade profissional daquele piloto em suas tomadas de decisões, segundo a imprensa, causou o acidente com a queda do avião, ceifando a sua própria vida e a de dezenas de jovens atletas do futebol, dirigentes, repórteres entre outros, causando tristeza, lagrimas e luto, não apenas ao povo de Chapecó, aos catarinenses, ao Brasil, mas, a comoção atingiu o mundo inteiro.
        A Bíblia registra tragédias que aconteceram com o povo de Israel por conta de parceria com infiéis.Mas, infiéis não são apenas aqueles que estão fora do contexto de filhos de Deus. O povo de Israel, nação escolhida, amada e protegida por Deus, se torna infiel em suas ações contra os preceitos de Deus. E, a Bíblia tem muitos textos que esclarecem como Deus vê o infiel, mas, vamos considerar alguns. O infiel é um traidor: “Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a que vieste? Então, aproximando-se eles, lançaram mão de Jesus, e o prenderam”. (Mateus 2:50) “virá o senhor daquele servo no dia em que o não espera, e numa hora que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe dará a sua parte com os infiéis”. (Lucas 12:46)   “Até o meu próprio amigo íntimo, em quem eu tanto confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar”. (Salmo 41:9).
O infiel é um hipócrita: “E ele, respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim;” (Marcos 7:6) “Jesus, porém, conhecendo a sua malícia, disse: Por que me experimentais, hipócritas?” (Mateus 22:18).
 O infiel é um rebelde: Isaias fala da infidelidade do povo e dos profetas de Israel. “Estendi as minhas mãos o dia todo a um povo rebelde, que anda por caminho, que não é bom, após os seus pensamentos; ” (Isaias 65:2). “Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas”. (Jeremias 2:13).
         Aos infiéis,  resulta-lhes a recompensa da tragédia. “E os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do Senhor, e se esqueceram do Senhor seu Deus; e serviram aos baalins e a Astarote.  Então a ira do Senhor se acendeu contra Israel, e ele os vendeu na mão de Cusã-Risataim, rei da mesopotâmia; e os filhos de Israel serviram a Cusã-Risataim oito anos”. (Juízes 3:7,8).  Oito anos de sofrimento nas mãos do inimigo por falta de fidelidade a Deus.
        Sansão, juiz de Israel, teve um fim trágico por suas más escolhas. Fez parceria com infiéis, casou-se com uma mulher de nação inimiga, a qual, durante a sua ausência, ele a perde para o seu amigo, porque seu sogro achou que ele não mais voltaria para casa, após seu primeiro desentendimento conjugal; enfurecido,com o sogro;  ele incendeia a plantação de trigo e oliva dos filisteus. Em contrapartida, por vingança, seus inimigos incendeia a casa do seu sogro e mata sua esposa com toda a família. Como “um abismo chama outro abismo”, Sansão se apaixona por Dalila, uma prostituta da terra dos filisteus. Seus inimigos, sem que ele soubesse, oferece dinheiro a Dalila para que ela descobrisse o segredo da força de Sansão. Então, por insistência dela para que lhe revelasse o segredo da sua força, apaixonado, ele abre o seu coração e revela todo o seu segredo. Fala do seu nascimento, seu voto de consagração ao Senhor e o que poderia tirar sua força e faze-lo como qualquer homem. Sabendo que seu segredo fora revelado, Dalila chama seus inimigos e o entrega a eles, completamente vencido. Ela o trai, enquanto lhe faz juras de amor. Ao perder sua força de guerreiro invencível, seus olhos são arrancados e, cego,     Sansão se tornou escárnio para os filisteus e seus últimos dias foram destinados à trabalha e entreter seus inimigos. Em honra ao deus Dagon, os filisteus deram uma festa e Sansão é chamado e apresentado como troféu de suas conquistas. Eles zombam e riem dele.    
Que triste fim, que tragédia para um homem que Deus havia escolhido desde o ventre de sua mãe e separado para servi-lo!
     Deus fez um pacto com Israel. Porém, vários reis de Israel como: Acabe, Jeroboão, Acaz, Manassés, Amon e muitos outros reis, entristeceram o coração de Deus e fizeram a nação pecar e se afastar de Deus. E o testemunho descrito na biografia desses homens é: “E fez o que era mau aos olhos do Senhor; e andou nos caminhos de seu pai, e no seu pecado com que seu pai fizera pecar a Israel”.“Também todos os chefes dos sacerdotes e o povo aumentavam de mais em mais as transgressões, segundo todas as abominações dos gentios; e contaminaram a casa do Senhor, que ele tinha santificado em Jerusalém. E o Senhor Deus de seus pais, falou-lhes constantemente por intermédio dos mensageiros, porque se compadeceu do seu povo e da sua habitação. Eles, porém, zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e mofaram dos seus profetas; até que o furor do Senhor tanto subiu contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve. (2 Crônicas 36:14,16). E por isto, foram levados ao cativeiro. Que Tragédia para o povo de Israel!
       Assim tem acontecido com jovens, homens e mulheres do povo de Deus, em nossos dias. Muitos de nós, povo de Deus, por ignorância, imaturidade, ou rebeldia, temos feito parceria com infiéis, casando-se com eles. E por isto, dificilmente uma pessoa que serve a Deus e, por desobediência se casa com um cônjuge que não o serve, vai testemunhar que seu lar é “um pedacinho do céu”. Por que? Porque a luz não pode ter comunhão com as trevas. Treva não suporta luz!
      Você chega do culto transbordando do Espirito Santo e vai compartilhar com seu marido ou sua esposa as maravilhas do amor de Deus, eles ignoram, desprezam, rejeitam! Sabe por que? Porque trevas não entendem nada da luz!  
        Enfim, jovem, se você ama a Deus, se quer servir a Jesus, se quer evitar sofrimentos futuros, se quer paz em seu lar, se quer ser exemplo para os filhos que virão, se quer evitar muitas lágrimas, se deseja que seu lar seja “Lar, doce Lar”, não faça parceria com as trevas. Não se una a um infiel, mesmo sendo ele ou ela membro de sua igreja.   Você sabe do que estou falando, não sabe?
        Se alguém não tem temor ao Deus que o criou e nem interesse em conhece-lo e segui-lo; se alguém ignora o amor do Deus que deu a sua vida para resgatá-lo da condenação eterna; se alguém ama o mundo ao ponto de ignorar quem fez o mundo, fuja dele ou dela.  Por que? Porque parceria com infiéis sempre resultou em tragédia. Você não quer isso para sua vida. Quer?
      Mas, se você se encontra em situação de tragédia por suas más escolhas e o sofrimento tem abatido a sua alma, lembre-se que você não está só. O Bom Pastor caminha com você. O salmista nos anima com a certeza de que “Ainda que eu ande pelo vale da sombra e da morte, não temerei mal algum porque ele está comigo”. O povo de Israel quebrou a sua aliança com Deus e sofreu as consequências dos seus pecados, mas, Deus não os abandonou totalmente. Em suas promessas Deus diz que vai salvar Israel e mudar a sua sorte. E o fez mandando Jesus para restaurar não somente a sorte de Israel, mas, também a nossa sorte. “ O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz.” (Isaias 9:2).
“Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais” (Jeremias 29:11).



“E a paz de Deus que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário